sábado, 20 de março de 2010

UFRJ 2009.

Abrindo uma pequena exceção, texto referente à proposta: Reflexões sobre a Loucura - Vestibular UFRJ 2009.

Loucura: sinônimo de individualidade

Historicamente, a distinção entre pessoas normais e anormais vem de longa data. Os inúmeros relatos de manicômios, presentes em todas as épocas e sociedades, são a prova de que o ser humano sempre insistiu no estudo de seu comportamento. Apesar dos avanços científicos na área das doenças neurológicas, são inúmeras aquelas para as quais não há comprovações biológicas, apenas atitudes tidas como fora do comum. E então surge a necessidade de determinar exatamente, onde colocar os limites entre as doenças e as formas de expressão.
É fácil perceber que é necessário um padrão a ser chamado normal, e ninguém melhor que a sociedade para ditar os comportamentos, sentimentos e ideais que seus integrantes devem apresentar. Qualquer um fora desta regra caminha contra a corrente e está prestes a ser taxado de louco. O que não se percebe, é que a alienação ao padrão comum limita a capacidade, a imaginação e a criatividade para com as suas habilidades. E convenhamos que é incoerente desperdiçar a grandiosidade das idéias humanas na tentativa de fazer parte de um estereótipo.
A existência transborda em exemplos considerados anormais. Pessoas muito tímidas, muito inteligentes, violentas, calmas demais, viciadas em adrenalina... No fundo, avaliando aquilo que é considerado anormal, temos na grande maioria atitudes regidas pela emoção (em vez da razão). E a emoção é extremamente importante para a convivência em sociedade.
No fim das contas, loucura passa a designar a individualidade de cada ser humano, sendo essencial para o seu desenvolvimento e bem estar. E os limites acabam se estendendo até o ponto em que os atos são prejudiciais a quem os executa. O que ainda assim, seria precipitado chamar de doença.
Aline.

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